Cenário

O vento não veio varrer o chão

E nessa noite a Lua não sorriu

Dentro e fora d'alma, escuridão

Mãos tateiam, mas, parede ruiu

E espelho no canto daquela sala

Devolve a dor da face de alguém

Não há móveis, e nem uma mala

Na moldura não há mais ninguém

Um velho quadro perfeito e vazio

Um cômodo quadrado, incômodo

De ruínas ao relento, um arrepio...

E o vento silencioso o tempo todo.