Canguaretama, Vale das Matas
Vale das matas,
Do tupi-guarani,
Minha terra natal, onde cresci,
Uma cidade pacata.
De homens fortes e guerreiros,
Sem medos, matreiros,
De um povo temente a Deus,
Que me apadrinhou Hora Reis.
Seus escritores, a nau catarineta,
É cultura do povo potiguar,
Terra de salinas, manguezais,
Engenhos e mar,
A barra mais azul do planeta.
Não me contenho ao lembrar
Teus belos bambuzais,
Ao Piquiri atravessar,
O Memorial, as olarias operacionais.
Muitas histórias pra contar,
Massacre do engenho Cunhaú,
Encontro de mar com o rio Curimataú,
Contos de coronéis, lendas de amedrontar.
Canguaretama, meu vale de matas,
Te conheci quando era criança,
No que ficou do passado, retratas
Momentos felizes da minha infância.
Linda e feliz assim te via,
O coreto em frente à matriz tinha magia,
Tanta história e beleza se perdeu,
Por um modernismo que não te exaltou.
🌹 Neide Rodrigues, poetisa potiguar, em 29 de junho de 2020 🌹