O DOM
Outra vez, assunto não há mentalizado,
Nem arcabouço que sirva como esboço
De um escrito anteriormente arquitetado.
De novo não sei se penso velho ou moço...
Corre outra vez o bendito palavreado
Por invisível ligação, incerta a origem,
Mas destino posto no papel pautado,
Na ordem dos raciocínios que a tinta tinge.
Mas não se vê o que, ou quem fez endereçado
A esta forma e hora, o nominativo endosso,
Vem pronto do indefinido ao interessado...
E assim, posto que vinha no vazio e em osso,
Sai o poeta no puro lucro declarado,
Mas não tratado. Só sei o dom, e agradeço...