.:.
E assim se mostra o poeta:
ele sofre,
ele chora.
Por vezes se apavora
e lamenta o amor impossível.
Revela-se, sim, também o homem:
que luta,
que matuta.
Por vezes se excede
e comenta as crueldades humanas.
E a mulher, dessa trama, surge assim:
perfeita,
imaculada.
Por vezes amada – seria sempre?
É o tormento do poeta-homem que chora.
Disso tudo, concluí-se, por fim:
em havendo homem,
existirá o poeta;
em havendo mulher,
a poesia.
Fortaleza-Ce, 25 de setembro de 1999.
23h31min
.:.