— Eu transito entre os assoalhos da alvorada
e a manhã é de Fellini. É terminal. E abafada.
As horas são as drágeas coloridas que matam
este silêncio e toda a sua mentira de ser pausa.
Há franjas de nuvens dispostas em branco navajo
de um céu desfiladeiro de fumaças, longas e rasas,
que exalam o bouquet garni defumador das almas,
quando se equilibram anônimas na guia da calçada.
Doze e dez ou onze. O meio-dia é novo; a garoa opaca
predomina no entorno desse poema quase imaginário.
O vírus diz que não se sente feito se fosse água passada.
Estou no feixe abóbora do ocaso — eu e mais esse nada.