Aos sete anos, um poema... Embaixo do arvoredo.
Tamarindo aconchego e a estrofe sombria
Estros da escuridão, a ponte para o medo
Obsessão pela morte... Em tudo que escrevia!
Sepulcro e morbidez, o principal enredo
Em cada linha a dor, o Espírito vertia
O Vate da amargura... Alçou o adeus tão cedo!
Finalmente provou... O amor de cada dia...
Insisto em cada verso, uma avidez de arranjos,
sonho expor com apreço, o invento renomado,
a única criação, o Eu de Augusto dos Anjos
Traço enlutado, a morte, o desfecho é assim
Descrevê-lo... Algo em vão, um eterno legado!
O escudo alado avança, ultrapassou o fim...Janete Sales Dany
Literato dos traços enlutados
A primeira visão, na tenra idade!
O tronco, um encosto, e olhos concentrados...
O pé de tamarindo tem saudade!
O clamor das mãos, galhos envergados...
Anos de sombra, e veio à realidade!
Cedo! O vate encerrou todos os brados...
Extinto pelo ardor da enfermidade!
Ele já conhecia a despedida
Luzeiro das metáforas poéticas...
As linhas não se prendem, são ecléticas!
A dor e a morte são trilhos da vida
O escudo alado nunca foi vencido
O Eu desprezado, agora é aplaudido!
Por Janete Sales Dany
07/06/2020 ás 21:50 horas
São Paulo - SP
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Academia Brasileira
de Sonetistas - ABRASSO
Cadeira nº 5 – Janete Sales
Patrono - Augusto dos Anjos
Augusto dos Anjos
Fonte: wikipedia.org
Nome completo:
Augusto de Carvalho Rodrigues da Silva
Nascimento: 20 de abril de 1884
Sapé, Paraíba
Morte: 12 de novembro de 1914 (30 anos)
A causa de sua morte foi a pneumonia
Leopoldina, Minas Gerais
Nacionalidade :brasileiro
Ocupação :Poeta e professor
Escola/tradição Pré-modernismo, Modernismo
Em 1912, publicou seu
livro único de poemas, Eu.
As imagens da obra poética
de Augusto dos Anjos
se caracterizam
pela teratologia exacerbada,
por imagens de dor, horror e morte.
Fonte :https://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_dos_Anjos