Flor despedaçada ( José Augusto) Juli

Flor despedaçada

Pelas campinas fluminense,

Esvoaçando

A esmo,

Em miríades evoluções,

Encontramos Juli.

Pequenina flor,

Em pétalas despedaçadas,

Fragmentada.

Ao sabor do vento,

Sem destino,

Desencontrada.

Arcoirizadas suas pétalas,

Indecifráveis,

Enigmatizadas,

Às vezes,

Carregadas,

Jogadas pelo vento,

Recompõem-se,

Originalmente Juli.

Decompõem-se,

Infinitamente Juli.

Sem destino,

Na busca do eu,

Gira, rodopia,

Rola, salta,

Ri, chora, espanta-se,

Ira-se.

Mas, pasmada,

Sempre Juli,

Embora despedaçada,

Fragmentada.

Juli,

Jovem,

Única,

Liberta.

Incompreendida?

Sim,

Não.

Compreendida?

Quem sabe,

Talvez,

Mas...

Na busca do

Seu eu,

Sempre

Juli.

Dedico este poema a amiga deste segundo, Juli, e talvez, quem sabe, até a eternidade... Eu desejo.

Sagüi
Enviado por Sagüi em 01/08/2007
Reeditado em 05/02/2010
Código do texto: T587768
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