Às palavras?
Claro que não lhes peço nada!
Em mim, são abandono,
um leve incômdo
a libertar.
Assim...sem muito esforço,
Pairo-as sem dor...
a versejar.
Primeiro são poesia...
qual fantasia
a encantar.
De dia acariciam...
À noite voltam
a sufocar.
Do pensamento,concluo nada!
Mero tormento...
Sempre um lamento,
a machucar...
Sabe o contexto,
e nada consegue
equacionar!
E nas lembranças,
não busco nada!
São ficções...
Só vãs estórias
para contar!
Se às vezes me escapam
logo as devolvo
ao seu lugar.
E ao meu coração...
Qual a mensagem
a lhe mandar?
Se é longa estrada,
Que nunca leva
a algum lugar!
Parto nesse meu tempo...
espaço leso
a só passar...
Sigo a pretexto,
e sem ter hora
para voltar!
Poemas?
Não há mais texto.
Nenhum!-que faça-me
retornar!
Aqui...eu pago o preço:
Sou parco verso...
a pontuar.