Esmaecidas pétalas de violetas
Ainda choram tua ausência...
Enquanto, as dores de Amor e Saudade
Cintilam em versos melancólicos
De rara sensibilidade e beleza,
Delineando nos reflexos
Do teu tão distante olhar
Rimas emolduradas - esculpidas
Na quietude do teu colar de pérolas,
Imersas na solidão das tuas lágrimas
Que se misturavam à tinta:
Aguada, deslizando na folha,
Tonalizando dias e noites...
Na brevidade da Vida
Tuas invisíveis mãos,
Envoltas em uma brisa lilás,
Hoje, de manhãzinha voltaram
A molhar o vaso com violetas
E, a acariciar as fotografias
Daquele antigo porta-retratos
E no espelho do teu quarto
O encanto do perfume suave
Permanece em teu colar –
Intocáveis pérolas - pétalas...
Vanice Zimerman IWA
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“Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder... para me encontrar.”
Florbela Espanca (Vila Viçosa , 8 de dezembro de 1894 — Matosinhos, 8 de dezembro de 1930).
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https://www.youtube.com/watch?v=sl5ApPCc37M&list=RDsl5ApPCc37M&index=1
Poetas - Marcos Assumpção canta poema de Florbela Espanca
Sugestão de livro impresso:
" Dois olhares Sobre Florbela Espanca"
Excelente livro, parabéns ao autores!
Autores:
Bernardo G. B. Nogueira (Conselheiro Lafaiete - MG)
e Marcos Assumpção (Niterói -RJ)