.
Um inventado mar falto de moto
recanto da sereia imaginária
onde o eterno engodo duma foto
era o abono da criança solitária.
Infante mar -de linha delicada-
dum nauta repousando no futuro
o terror de tudo dando em nada,
do amor espatifado contra um muro…
Não é justo que os vivos perturbem
as praias tranquilas de Tétis,
e é iniquo que olhos enturvem
as águas estéreis de Tétis.
Em seu fundo aporta a memória
quimera de um sonho feliz
e uma urna de cinzas sem glória
que a noite devolve à matriz.
NOTA: O Mar de Tétis surgou 200 milhões de anos atrás e corresponde ao proto-Mediterrâneo.
Esse poema se encontra também no meu E-book intitulado: "Todos os Poemas" que pode ser baixado grátis na seção E-livros da minha escrivaninha.