Na cova com leões Jogado na cova com leões, aguardando o próximo sol, que nunca vem, O chão sustenta apenas sapatos usados, aroma quente de abandono, na beira do abismo. Tudo isso está inutilizado, a mágoa vã e a vaidade da idiotia me deprime. Um concerto de vozes se arrasta pelas ruas lá fora, a vaidade da idiotia me desperta para a náusea. Continuo esperando o nascer do sol que nunca vem, na cova com leões imaginários, esperar foi a única senha de entrada, e de saída. É o esperar, dos resignados.