De tanto adiar, evitar, ignorar
a vida se despôs no evaporar do tempo...
Não permite robobinar, copiar,
somos edições limitadas!
Depois é tarde demais,
sem mais desculpas
partimos dessa plano!
Transpassamos, transitamos
transitórios não somos eternos..
O que nos resta se não vestígios dos adiamentos pelo caminho.
No meio do caminho,
meros cacos, pedaços
vazios não vivos!
Dos sonhos, metas,
conquistas não concretizadas.
Os amores, risos, delírios,
caláfrios na espinha
que nunca sentirá
por ter evitado abrir às portas do coração!
A vida não permite adiamentos,
parcelamentos, prestações
e muito menos emprestimos...
A existência se faz de vivências,
experiências, essências, persistências
e jamais desistências!
É tracada de instantes, momentos,
segundos do teu fôlego de vida
que pulsa, rasga e dilata as veias!
Por que adiar o tempo se ser feliz?
Se só de despertamos,
abrimos os olhos e contemplamos
a pueril aurora, ávidos cânticos dos pássaros...
Tão leve, leve pétala
me leve a sorver o doce
sabor do orvalho e das quimeras!
o cheio vivido da poesia,
a brotar do seio da Mãe Terra..
Somos abençoados, curados,
purificados, restaurados
pelas mãos do Criador!
(Karol Castro)