Céu preenchido de vazios,

Constelação de solidão,

Como calar os meus vícios,

Como entender essa negação,

Naveguei entre nuvens da sua ausência,

Tentando encontrar sua essência,

Seu pulsar em cada quadrante do luar,

Buscava-te sem parar,

Seu calor inconfundível, seu abraço,

Para o ponto do meu equilíbrio,

Para eliminar o cansaço,

Para o amparo das minhas lágrimas,

Sua voz companheira mal se ouvia,

Te ocultaste entre as esfinges do silêncio,

Na névoa, nem seu rosto via,

Sem luz ou tão pouco cor,

De vento, em ventos vagava eu com dor,

Plebeu dos sentimentos,

Escravo do amor...

Abandonado entre savanas,

Desertando o coração como Sahara,

Eis que areia não para...

Vagueio o entre Zanzibar,

Sem norte, perco-me em Gibraltar,

Saudades uma realidade paralela,

Contida no meu e no seu tempo com barreira,

Ao certo, são sequelas,

Das ondas sem reencontros nas ruelas,

Calçadas sem ébano para te respirar,

Deixando lacunas, em ínfimas gotas de ar,

Apenas o avatar das minhas dores,

Sem você para equilibrar as cores,

Sem você para sussurrar amores,

Sou apenas deserto sem Flores,

O plebeu dos sentimentos (....)

(M&M)