Do fundo

Do fundo

Este algo que sou cá, contigo, é incerto

Não sei quem sou — e até prefiro assim

Na luz do amor, até esqueço de mim

Agora estou para ti, sempre por perto.

O tempo vira amigo e juiz de paz

Sua prece: apreciar mais que o primeiro

Sorriso, cheiro, voz... caro ponteiro!

Conheço-a tanto! E sempre quero mais.

E mesmo a cada olhar que nunca vi,

Teu mar de mil mistérios me tortura

Afoga-me de novo, criatura!

Minha pérola do peito já é de ti.

Tal vida, aqui registro — e que se leia

Dedico a decifrar uma sereia.

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