Cato folhas pelo chão, à riba-rio
O pôr do sol vem muito tarde,
“Noite crepuscular”, que louco!
Anêmicos brilhos, raios toscos,
Luz que me corta devaneios...
Desequilibro-me, se questiono
O que tanto faz-me fincar, da vida
(complexa, em seus desígnios,)
A força que a natureza oferece
Talada, um “mea culpa”, a nossa
E eu ali a entendê-la, suplicante
Ornando um desatino tão fugaz
mescla de vazio, de saudade,
de uma verdade, insólita
- assentimento (?), afinal -
do improvável de suceder...
Escrevo, então...
às margens do rio
e do tempo.
(margem do Rio Uruguai - 20:45)