Reflexos d'água

Cato folhas pelo chão, à riba-rio

O pôr do sol vem muito tarde,

“Noite crepuscular”, que louco!

Anêmicos brilhos, raios toscos,

Luz que me corta devaneios...

Desequilibro-me, se questiono

O que tanto faz-me fincar, da vida

(complexa, em seus desígnios,)

A força que a natureza oferece

Talada, um “mea culpa”, a nossa

E eu ali a entendê-la, suplicante

Ornando um desatino tão fugaz

mescla de vazio, de saudade,

de uma verdade, insólita

- assentimento (?), afinal -

do improvável de suceder...

Escrevo, então...

às margens do rio

e do tempo.

(margem do Rio Uruguai - 20:45)

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 18/01/2018
Código do texto: T6229323
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