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Tão veleira pelos vales do oceano
açucena de seda na corrente:
-tal julgada pelo nauta competente,
prisioneiro de um desígnio desumano.
Água-viva transcende a sua vaidade
em espaços de perfeitas solidões
e navega impalpáveis durações
paradigma do perpétuo sem idade.
Ela existe, e isso lhe basta,
coração que não sente e nem palpita,
titular de liberdade qu’eu não tive.
Inconsciente do pavor que nos devasta
nada sabe da falência que foi dita
e em sua errância... pétrea sobrevive.
Esse poema se encontra também no meu E-book intitulado: "Todos os Poemas" que pode ser baixado grátis na seção E-livros da minha escrivaninha.
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