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Cada noite o meu mar tenho lembrado:
é a onda mais alta –traiçoeira-
é o pescador que regressa
cansado, é o pequeno siri que na pressa
o menino na areia tem pisado,
é a marinha do pintor despenteado,
é o polvo que embosca o calcanhar.
E mais no sono me fascina o mar
com sua placenta de fulgor interno...
Tudo esmorece quando neve e inverno
mas confesso que não consigo imaginar
negras gaivotas desconsagrando o mar.
Esse poema se encontra também no meu E-book intitulado: "Todos os Poemas" que pode ser baixado grátis na seção E-livros da minha escrivaninha.