No fim do ano chegam tantas luas
E tantos sóis, das quatro estações
Em cada esquina cantam-se canções
Alegres vozes cruzam-se nas ruas...
As minhas mãos esperam tanto as suas!
Abramos portas, paz entre as nações
Pro céu azul que faz as uniões
Entre olhares, almas sempre nuas...
No fim do ano, nele o ano inteiro
E de mãos dadas com o dia primeiro
Recorda, escreve num poema breve,
O seu desejo, diferente seja
Qual cerejal que cabe na cereja
Do amor, semente, ao novo ano leve...
Se reescreve ou não um novo tempo
É no passado que se encontra o templo
Da experiência toda que precisa...
Aí não basta só pular as ondas
Sabendo-se que luas são redondas
Lançando seus desejos pela brisa...
Será preciso os dons do improviso
Os dons da paciência sem cansar
Os dons de acreditar e perdoar
Os dons de, mesmo à dor, dar um sorriso...
Será o não desejo a um paraíso,
Pois, para isso não merecerá.
Mas pode construir-se um bom lugar
De muito amor aí será preciso...
Ao novo ano quando ele chegar!
Autor: André Luiz Pinheiro
29/12/2018