O FIM
Todo aquele que no leito meu esbarre
Quando é perto do viver que se encerra,
É sujeito a sentir, no meu escarro,
A vontade que é de abrir o chão que enterra.
Desde esteja entendendo o que se narra,
Tudo aquilo que na vida só foi terra,
De repente foge à alma e a vida varre,
E aqui deixa o que a cova a si só aterra.
E espíritos no espaço que se amarrem,
Sem perder-se no trajeto que, se emperra,
Leva a crer que do traçado se desgarre.
E assim siga a luz que vê, mesmo se erra;
Mas a atinja: o ponto certo onde se agarre
É encontrar, sem confronto, a paz sem guerra...