Saudade, romaria das lembranças
De um a outro coração pesando,
E a peregrinação das esperanças
E que por nós alguém esteja orando
Saudade, monja triste caminhando
Em passadas levíssimas e mansas
Os sonhos do passado procurando
Como se fosse bem-aventuranças.
Saudade, viandante sem oásis,
Companheira de nossa romaria
Não sei qual o motivo e como o fazes
Mas sei que por caminhos diferentes
Trazes a hóstia cheia de magia
À comunhão dos corações ausentes.
Extraído do livro:
Rimas antigas,
Sonetos e poemas
Ed. Líder