Há um frio cerculando la fora,
querendo se juntar ao meu gélido coração,
Que descontente, impaciente implora.,
que chegue logo a próxima estação
Esse frio chega sem tempo nem hora,
abarca a alma e o corpo inquieto,
Os acomoda sem tempo de ir embora,
Querendo neles fazer moradia por certo.
E no seu tempo quer manter frio o coração
De igual forma com que o tem encontrado
a mingua da mais inquieta emoção,
Que na vida o tem condicionado.
Mas hoje, somente algo o pode mudar,
E para este frio nem ligar,
Um corpo quente que o possa esquentar,
Ignorando o frio que o quer congelar.
E assim, na estaçao vindoura.
Preencher com calor suas lacunas,
Como um bebe na sua manjedoura,
Se aquecendo nas fases oportunas.
Que ronde meu tempo lá fora,
As ondas do calor do corpo seu,
Porque aqui e agora,
Apenas o vazio e o frio me amanheceu.
Deixando uma cama fria e desarrumada,
Sem o seu corpo para aquecer o meu,
Pés gelados e a vontade desanimada,
Para enfrentar a ausência do calor seu.
E assim, creio passar esta estação,
Eu, o tempo e minha querida solidão,
Sem medo, contudo, só as penas no coração,
Como quem espera seu corpo, na proxima estaçao.