A dor aguda invade toda a carne A flecha que chega, não importa Donde veio e de qual aljava saiu, Preciso tirá-la do meu peito Olhar e perceber que aquele ferimento não traz verdadeira dor... Ah meu olhar de criança faminta Que a tudo pede com lágrimas aflitas... Lágrimas que uso para moldar os potes das minhas reservas... Suprimentos guardados como em tempos de guerra. Guardar, ostentar... Para que? Se a leveza do corpo é que permite-me bailar? Após o silêncio das manhãs me ponho a cismar... Olhando o espelho d'água que em minh'alma se dá. Neste instante sopra o vento, a doce fragrância da alfazema, Em meu rosto já estampo o mesmo sorriso que tinha na infância, minhas mãos brincam nas águas límpidas do lago que reluz a intensidade solar, então levanto-me e começo a dançar!
Cláudia Machado 20/3/18
Let it be!
Cláudia Machado
Enviado por Cláudia Machado em 21/03/2018
Reeditado em 21/03/2018
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