Meu codinome é Ninguém
Por vezes tentei saber meu nome
Não encontrei nome ou sobrenome
Antes de desistir encontrei, saudade
No portal encontrei uma cadeira vazia
Uma ausência semelhante a minha
Nenhum sinal de pegadas ao chão
Apenas um vazio de corpo e coração
Tão pouco, tão vazio, tão discreto,
Desalmado, desarmado, indireto,
Disputava com o tempo um espaço
Calculava um espaço entre tempos
Levado pelo vácuo e pela fé
Que a pé todos sentem o perdão
Dos incautos amedrontados pelo medo
Descalços em brasa quente pelo chão