Pessoas se encontram, pessoas se desencontram.

Pessoas se esbarram, pessoas passam umas pelas outras sem nem perceber.

Pressa, euforia, agitação. Tudo isso se embola no meio do caminho, torna-se maior do que um cheiro, um olhar, uma atenção.

Poderíamos ter sido como uma dessas pessoas... Pensando friamente!

Destino? Um pouco, acredito que sim. Mas sei que o que tivemos foi um encontro de almas, sim um encontro de almas!

Cada um tinha um perfume e ambas puderam reconhecer o cheiro que vinha de dentro.

Elas pararam, entreolharam-se e souberam.

Sim, foi um encontro de almas.

Mais do que atenção, elas deram as mãos. E, até hoje eu sei, elas divagam entrelaçadas por aí.

Não houve pressa nem sinal de euforia.

Agitação? Não, não... Houve paz.

E então, fundiram-se.

Insisto: Encontro de almas amantes!

Maria Clara Borba