Lá vai ele, sozinho ao longe
No arrebol como a procurar
Vida além daqueles montes
Onde a canoa assim o levar
Segue sem norte ou direção
Matuto...se põe a sonhar
Aos céus roga uma oração
Estrelas passa a contemplar
Vida insossa que deixou aqui
Através do rio vai dissipando
Sonhos outros tomou pra si
Estes que agora está buscando
Lá vai o canoeiro sem rumo
Adentrando a turva imensidão
Leva na barca só um resumo
Vida,desencanto e sua solidão
Na ânsia de decifrar a si mesmo
Nas águas brota fria indagação
Conseguirá o canoeiro a esmo
Vivenciar sua dourada ilusão?
Agradeço a visita e comentários nesta página ,que foi para mim uma das mais simples e belas poesias que consegui conceber.
A todos meu muito obrigada.
Trovador das Alterosas
CANOEIRO DA LILIAN
IMITAÇÃO TROVADOR
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É esta a sina deste canoeiro
Se aventurar no mar de ilusão,
Como poeta caipira aventureiro
Buscando o amor em um coração.
Sendo poeta ele é um sonhador
Navega nos sonhos sem um norte,
Para encontrar um dia este amor
Conta com o seu Deus e a sorte.
Na vida criou armengado verso
Que define toda inconclusa meta,
Busca resposta em novo universo
Canoeiro no céu, do maior Poeta.
Vai o canoeiro a caça de amores
Tentando afogar suas lembranças,
Canoa não leva mágoas, só flores,
Com muitas sementes de esperança.
Na busca constante de nova magia
Escreve nas nuvens à sua vontade,
Pergunta onde na curva da poesia
Vai plantar a semente da felicidade.
Querida poetisa Lilian menina, enquanto arengava esta resposta, me convenci que seus versos formam uma letra para uma música linda, cheguei a cantarolar os versos, na verdade pela segunda vez, da outra que aqui estive já tinha pensado nisto, poderia musicá-los. Não eu rsrs eles não são caipiras suficiente para mim kkkk Bjs linda e mais uma vez meus parabéns por esta criação tão maravilhosa.
Para o texto: CANOEIRO (T6138263)
Gualberto Marques
A Festa do Canoeiro
Adelino era um grande canoeiro
Negro como algumas noites sem luar
Amarrava a sua canoa no terreiro
Antes do terrível "macaréu" passar
Canoa esguia para no rio deslizar
As travessias não eram arriscadas
Porque Adelino sabia bem navegar
Mulheres e crianças iam sossegadas
Adelino ia remando com leveza
Com um ar muito descontraído e feliz
Pensava como fazer uma surpresa
À mulher que ficou em casa com o petiz
Comprou-lhe uma bela peça de pano
Para ela fazer um vestido bonito
Para usar na festa dos seus anos
Em que iam comer milho com cabrito.