Quando finjo ser Lua,
e me ponho no céu
dos meus desejos
- os mais profundos -
é o teu corpo que almejo tocar,
fingindo ser a claridade
a te orientar pelas areias
- as da praia -
onde, atrevida, ousaria
- e sem pestanejar –
fazer-te meu dono
e te tomaria
- inteira e intensamente -
para ser (só) meu...
naquele infinito instante.
Sou fingida Lua,
no céu
- do firmamento - ,
a te procurar,
noites afora...
E, acordada,
- ainda nesse céu -
esperançosa por ti:
- Terra -
Junto a mim,
fingida Lua:
teu Satélite...
Os dois, num único e
In ter pla ne tá rio
eixo, de sensações.