Fingida Lua

Quando finjo ser Lua,

e me ponho no céu

dos meus desejos

- os mais profundos -

é o teu corpo que almejo tocar,

fingindo ser a claridade

a te orientar pelas areias

- as da praia -

onde, atrevida, ousaria

- e sem pestanejar –

fazer-te meu dono

e te tomaria

- inteira e intensamente -

para ser (só) meu...

naquele infinito instante.

Sou fingida Lua,

no céu

- do firmamento - ,

a te procurar,

noites afora...

E, acordada,

- ainda nesse céu -

esperançosa por ti:

- Terra -

Junto a mim,

fingida Lua:

teu Satélite...

Os dois, num único e

In ter pla ne tá rio

eixo, de sensações.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 07/12/2017
Código do texto: T6192231
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