Deslizes

Deslizes, ah!

Matizes cruéis

Desnudam o pudico

Desmistificam os inglórios

sentimentos

tormentos...

Deslizes... quem não os têm!

Antagônicos ao momento (são)

Um quê de no sense

Advertem ao bom senso

E não tardam, sim,

os lamentos...

Ao que deslizas

escorregas

entregas

E recuperas, pois,

Estes que são, então

Motivos de tanta

paixão.

Vivamo-los! Deslizes!

Tão suaves

quanto incautos

Tão oblativos

quanto egoístas

Tão (re)negados

quanto fetiches...

Tão necessários

quanto tão pueris.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 12/09/2013
Código do texto: T4478963
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.