RELAÇÕES

São tantas, (a)típicas:

Espantam, enobrecem,

Destroem, amadurecem

Mas anacolúticas, difíceis,

Não há quem delas se omita

E, por elas nunca reflita

Misantropia... quem dera!

Pois que delas, das relações

Sempre temos as intenções

Há de se plantar a paciência

Há de se crer na inocência

Ou redimir (-se) da omissão

(E há de se conter, aqueles

Víveres d’algum horror

Destrutivo, sôfrego, cruel

Co’ aquele vil gosto de fel

E há o qu’enfrenta, na fé

- aquele ser decepcionado -

Na força, ou na teimosia

Conviver co’a hipocrisia)

Mas todos sabemos, contudo,

Que da forma em que vivemos

Os frutos delas colheremos.

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 09/04/2015
Reeditado em 04/12/2017
Código do texto: T5200827
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