Ousei deslizar os dedos
suave e sensualmente
sobre teu peito...
Ousei caminhar lentamente
sobre solo proibido
descomedida de onde pisava...
Ousei tocar-te, acarinhar-te
gozar com teu gozo
resfolegando meus sentires...
Ousei nada esconder de ti
porque de nada me envergonhara
porque suplantei meus princípios...
Ousei, pois,
que te quero, queria,
gostaria, preciso, nem sei...
Ousei, enfim, sentir:
sentir teus sentires
e, junto contigo
(e apenas contigo)
sugar de uma verve
que teima em me
impulsionar
para a felicidade.