Ah! Esse coração...
Não se entende, só confunde
Traz ardor, traz aflições
Sensações que o perturbam
Paradoxos de traições...
(Mas traição de quê...?)
Talvez da própria (in)constância
A que sempre, ele mesmo
Não se atreve a precisar
Talvez dos próprios conceitos, ou,
Preceitos daquilo que desconhece
Posto que, nem sequer, o bandido
Do bom senso ou não, despido
Teve a chance de compreender...
Talvez, por isso esse errante órgão,
Mais que o “motor”, um fanfarrão,
A nos deixar nessa incógnita
A instigar nossa libido
Se o que o arremete é o certo
Ou, o que é o certo é mesmo ...
...arrojar a Vida – enquanto pode.