Que minha pele não se leve pelo desejo da paixão,
tão impura, quanto às juras que meus lábios deliciam-se
de um falsete amor.
O que há de começar errado jamais será um bom grado
quando a soma de um mais um não for dois,
na matemática exata não há outro resultado.
Que eu novamente não caia na lábia de poemas camuflados
da ausência de pudor
Na rima de algumas poesias o sorriso de um Lord Safo
tentando ser justo ou justificado sempre acabará em dor.
Quando o juízo for julgado e o teu coração negro desnudado,
andará beirando o abismo de mãos dadas com o ódio e com o amor
E essa escolha que tu repudia,
ao buscar o que queria no pólen de uma flor
Quão justo ao gritar do peito tua ira,
num silêncio de ironia sentirá quando eu simplesmente for.
E a sensação de agonia
revelará em tua poesia a ausência de cor
Porque recitar versos de alegria
exige mais que tu poderias oferecer-me com louvor.
A verdade baterá em teu peito,
feito um precursor,
te lembrarás daqueles dias
com saudades do que sou
Uma estrela que brilha mais do que tua galáxia pedia,
porque o meu céu é furta-cor.