Fico pasmado ante a correnteza
Que avança intrépida rumo ao mar bravio
Bramindo em fúria… ai! sinto um arrepio
Me atemoriza tal força e destreza…
Mas, tanta agitação pede um descanso,
E na inconstância, cede à natureza…
Segues tranquilo, e em porte de nobreza,
Vais deslizando em paz… doce remanso !
Ora em desespero, ou ora em calma
Ó rio ! Tu bem refletes a minh’alma
Ora serena, e às vezes em desvario…
Ora m’adentro - um grande mar insano !
Me perco nas profundezas do oceano…
Ou ora amena, eu silencio… e rio…
®Mar12