Vigia do teu sono

Que imagem bela, foi aquela, dela

Aninhada sobre a cadeira, repousa

Tranquila sua cabeça na almofada

E dorme silente ao som de alguns

Acordes bem baixinho para não acordá-la.

Sua respiração tem a rítmica do descanso

E o corpo baila suavemente como as

Folhas de um arvoredo quando a noite

Fria traz para sua companhia a brisa leve

Que leve do meu peito, toda euforia.

Cachos que me acalmas encaracolando

Em silêncio meu ser extasiado de ternura

Sou teu, minha rosa perfumada de riso

Meu alecrim da manhã, meu favo de mel

Quisera eu pudesse estar nos teus sonhos.

Que tanto sonhas?

Que por vezes lentamente abre teu riso

De sonho, sem bile, sem amargura, apenas ris.

Pareces que vai dizer algo...balbucias meu nome?

Ah! Quem dera! Talvez seja isso...

Amada minha durmas na paz de um anjinho

Durma calma com meu carinho, durmas...apenas

Durmas. Serei o que vigia teu sono e me deleito

Em ver-te assim, tão cheia de luz como a aurora

Trazendo esperança e paz de um novo dia.