Enquanto os ventos sopram
E não canso de esperar.
Meu coração chora com minhas incongruências.
Despedaça a carne latente da humanidade
e desesperado, corro em busca de alento.
A alma, encharcada de dúvidas
percorre os labirintos da sabedoria.
Perdida entre tantas direções,
deseja encontrar a saída.
Procuro, fora, o que ressoa por dentro.
Enquanto retine, me espanto...
são os fantasmas do enredo
que insistem em cantarolar meus receios.
Alto, compreensível, quase tocável...
resbalam nos lábios meus desejos.
Prefiro engolir a seco,
o que devia ser dito sem medo.
Por fim, cansado de esperar a serenidade,
entrego-me ao deleite do vento...
sinto então uma paz mortal,
foi ele, quem levou pra longe meus defeitos.