I
Uma bolha de sabão
Corre os campos, sobe os montes;
Desbravando horizontes,
Brilha ao sol em profusão.
II
O pouco tempo de vida
Que uma brisa lhe concede,
Aproveita; jamais cede,
Sobre as fontes reluzida.
III
Efêmero passarinho,
Não tem patas e nem asas;
Vive ao vento, não em casas;
E também não constrói ninho.
IV
Corre os campos, horizontes;
Brilha ao sol em profusão;
Desbravando serras, montes:
-Voa, bolha de sabão!