VAMPIRA

Na escuridão daquela noite tão fria

pudera sentir teu corpo sobre o meu,

tua boca escarlate que me inebria,

covardemente meu pescoço mordeu.

Dor crua, que em nada se compara,

jorra o sangue e a banha em prazer.

A visão escurece… Meu coração para.

Condenado a eternidade irei viver?

Ó, bela vampira! Tua sede que elevas

e me leva a esse frenesi obsessivo.

Da vida, onde só havia dor e trevas,

para um mar de espinhos onde vivo.

Caminhos cruzados… Predestinados.

Espíritos solitários… Atormentados.

in: Desígnios & Desejos, 2017.