Valei meu Deus
que vida é esta, tão fugaz,
a sua pulcritude me devassa
mas nada me prende ou me satisfaz.
Um morto vivo neste lugar
que fita distante nos teus olhos,
olhos que flutuam no ar
em becos obscuros.
Profundos inumanos que auscultam e silenciam
murmurantemente insanos
verdes e acidulantes neste instante tensos
nas frestas e nos anseios.
Nos teus seios minha amada
e se calam de repente e
quando adentrar na madrugada
eles me olham docemente.
Olhos que me mostram querida
Porque tanto vazio na minha vida...