Presságios

Publicado por: Nijair Araújo Pinto
Data: 12/03/2017
Classificação de conteúdo: seguro

Créditos

Nijair Araújo Pinto
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.

Presságios

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Presságios

Nasce o domingo,

não mais um, indefinido.

É o domingo da fantasia.

No céu, um flamingo...

Altaneiro, asas cortantes.

Anuncia o bom tempo.

As horas voam, certeiras.

O relógio, entretanto,

parou às oito da matina.

Tiro uma pedra da algibeira.

Aponto e atiro, profeticamente.

Nas minhas mãos, cai o teu amor.

Derreteu-se a cera dos helenos.

Meu toque causou torpor.

Num suspiro, teu corpo ressuscita.

Perdeu-se a herança dos mecenas?

Não! Por Deus, não!

A arte não pode fenecer!

Nublado está o firmamento,

cheio de presságios, tenso.

Nas minhas mãos, o paraíso.

Depois da queda e do lamento,

respingos da arma não letal,

cultivarei o jardim do Éden.

Que o pecado germine;

e do pecado surja a descendência!

Ah, quanta fantasia da ilusão!

No horizonte, novos pássaros...

Tenho mais pedras, atiro?

Não! Para quê? Seria gula!

Do teu voo, darei os passos

– Os primeiros e os últimos,

buscando nossa redenção.

...

Às vezes,

o acaso nos leva a mundos inimagináveis.

Por que programar,

se a vida é um pássaro – ela voa e pousa,

sempre no mesmo lugar:

dentro de nós mesmos.

Nijair Araújo Pinto

Iguatu, 12 de março de 2017.

09h01min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 12/03/2017
Reeditado em 14/11/2021
Código do texto: T5938403
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