Oh, Rei dos reis, oh Árbitro do mundo,
Cuja mão sacrossanta os maus fulmina,
E a cuja voz terrífica e divina
Lúcifer treme no seu caos profundo!
Lava-me as nódoas do pecado imundo,
Que as almas cega, as almas contamina.
O rosto para mim piedoso inclina,
Do eterno império Teu, do Céu rotundo.
Estende o braço, a lágrimas propício,
Solta-me os ferros, em que choro e gemo
Na extremidade já do precipício!
De mim próprio me livra, oh Deus supremo!
Porque o meu coração propenso ao vício,
É, Senhor, o contrário que mais temo.
Nota: Eu não sei o título deste soneto, procurei, mas não encontrei, se alguém souber me informe, por favor!