Cada parte,
Constitui um todo,
Cada curva, forma o corpo,
Esbelto de uma ímpar formosura,
Sem arranhões ou fissura,
Tonalidade castanha,
Pele macia e pura...
Desnudada com a essência de tépalas,
Que só de vislumbrar hipnotiza,
Paralisa a iris e doma a fera.
Cria a sede, e fome do instinto,
Essa forma que parece absinto
Cada centímetro proporcional,
Sua textura sensual....
Conformidade do seu ser,
Tentação,louco e puro prazer,
Como hei-de descrever,
Essa razão do querer,
Essa forma matemática,
Tal lógica, quanto poética,
Raridade, tão simétrica,
Contada em versos, métrica
Tece-la-ei em linhas mestras,
Com a ânsia de um lobo faminto,
Em minhas mãos que a adestra
Nutrindo a chama ao sentimento,
Em escrever em cada parte de si...
Navegar como se não tivesse fim,
E não parar a inspecção,
Com aquele desejo de a conhecer despida,
Quão encanto em alvorada escondida,
Parida ao gemido da imaginação,
Dessa forma única de a enxergar,
Ao molde das letras que não se calam,
Aquando das chamas que se atiçam...
Pois sinto o eriçar das tuas vontades,
Esse arrepios nos pêlos finos,
Rasga-la-ei com caricias,
Timbrarei com suor as malicias,
Para poder sentir essa simetria que trazes,
Onde a ânsia torna-se tão voraz,
E esse desejo que não jaz,
Como hei-de ter tal paz...
Se o conflito há-de cessar
Nas margens do seu ardente corpo(...)
(M&M)