Quanta fome nesta negra escuridão
Tão estranhamente até o vento cala
Na influencia distorcida da cabala
A imensa e dolorida dor da solidão
A lua tão pálida e triste se esconde
Nas esquinas das avenidas e bares
Grito louco, rouco e ouço, não responde
Eu procuro você. . . Em todos os lugares
Apenas cinzas de um pobre coração
Destroçado pelas forças do desejo
Por este vazio intenso esta solidão
Que te buscas no mar desta saudade
São tão táteis estas trevas, tensas
Todas tentam tolher meus sentidos
Tétricas de doer até meus ouvidos
Templos tolos. . . Feitos desta ilusão
Deste enfraquecido amor desnutrido