E no meio da dor difusa,
aquela que me deixa confusa entre o bem e o mal,
a dor que arrebenta o peito
e que escurece tudo ao meu redor,
é como um buraco negro que me suga,
me mastiga lentamente,
fazendo sentir mais latente
a dor que em mim já dói tão profundamente,
e assim me devora sem pena,
como uma presa pequena
quando é exterminada pelo seu algoz.
E quando já não sou mais nada,
agora em pó acabada,
o fim, é o que parecia...
renasço, como um milagre,
em forma de poesia.