(O chicote do povo)
ao candidato ladrão
Hei, candidato ladrão que hoje voltas
Pra aplicar o teu golpe novamente,
Te prepara que o povo, descontente,
Aprendeu quem és tu... nossa revolta
A ninguém vai poupar; nem tua escolta
Vai poder te livrar da saia justa.
Tu és rico e famoso à nossa custa
Mas terás dessa vez a tua paga.
Vamos ter que agir logo ou essa praga
Vai ficando mais forte e mais robusta.
É urgente o combate. E é preciso!
Nós seremos um exército implacável.
Sim, o povo dessa vez vai ser mais responsável
E tu vais pagar todo o prejuízo.
Esse ar de deboche, esse teu riso
Que disfarça tamanha falsidade
Vai provar nossa força de vontade
Quando o povo frustrar teus novos planos.
O que esteve guardado há tantos anos
Te daremos sem dó nem piedade.
Eu, o povo, não quero mais esmola;
Não aceito migalha e abandono.
Se de tudo isso aqui sou eu o dono
Como posso pedir a quem me enrola?
Darei troco à altura a quem me esfola
Porque a minha vingança é exemplar.
Dessa vez toda a corja vai pagar;
Verás quem é que manda em nosso voto.
Vagabundo e ladrão, hoje eu te enxoto...
Meu chicote não sabe perdoar.
Eu, o povo, reservo uma lição.
Às promessas direi: Tudo mentira!
E, tomado de fúria, nojo e ira,
Sobre ti pesará a minha mão.
É que agora aprendi a dizer não,
Não te quero mais ver no nosso lar.
Nem na rua, na igreja, campo, bar,
Nem no rádio, internet ou na TV.
A cadeia vai ser teu comitê...
Meu chicote não sabe perdoar.
Sabe o que te darei, bem merecido?
O desprezo durante essa eleição:
Pros tapinhas nas costas, um empurrão;
No cartaz, um carimbo de BANDIDO!
No lugar do teu nome, esse apelido
Com “spray” todo mundo vai pichar.
Calarei sob vaias teu comício,
Abrirei para ti um precipício;
Meu chicote não sabe perdoar.
Aprendi o que é cidadania.
Minha força é maior do que imaginas:
Vem dos sonhos roubados, das ruínas,
Desemprego, miséria... enquanto rias
Com a corja que sempre te aplaudia
Dando ao povo motivo pra chorar...
Tanta era a tua gana de roubar
Que ostentavas, esnobando quem não tinha.
Muito bem, pois agora a hora é minha:
Meu chicote não sabe perdoar.
Minha força é um rolo compressor
Que adora esmagar corrupção,
Teus desmandos me cobrem de razão
E não há quem desligue esse motor.
Sou guiado por Deus Nosso Senhor
Que é quem me segura pela mão.
Que se faça Justiça! E tu, ladrão,
Nem a morte te livra deste tombo.
Meu chicote tem sede do teu lombo.
Minha ira não sabe o que é perdão!
Granja Viana/Cotia-SP, 08 de agosto de 2016 – 16h50