Deitada na janela, mansa e bela,
Descansa sobre ela um ar de preguiça,
Submissa à moleza; evita a viela,
E a sua esperteza ali se enguiça.
Lambe a pata então a passa no rosto,
Com gosto repassa; da gata o banho,
É tão estranho, sem caça o seu posto,
Desgosto da raça, talvez o acanho.
E alguma coisa lhe chama a atenção,
E no chão em contramão um novelo,
Um apelo lhe dá safanão ao vê-lo.
Num salto do alto, é toda expressão,
Na confusão fica toda enrolada,
Tão sem ação nos fios dá miada.
Uberlândia MG
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/
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3º poema da série de 3 que publicarei atendendo aos pedidos
de Ferreira Estevão e Tildé para o 2º sarau poético do RL
Convido: Carlos Melgaço/ Charles Lima / Maripenna
Estilo e modalidade: livre
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