Conheci um poeta que falava com a alma.
A paixão que ele usava me encantou.
Gago na escrita mas simples de expressar.
Olhos verdes, um pouco calvo, fácil de identificar,
o que escrevia era entendido,
que nem um simples olhar de uma cidade vizinha.
Ele era de lá.
Uma champanhe que explodia para dentro.
Sinto-me uma garrafa ao receber o golpe,
mas sem taças como brindar?
O que sobrou foi a espuma amarga,
a raiva que um dia não aconteceu.
Os beijos do poeta que ficaram na menção,
aquelas flores carregadas que ficaram na calçada.
Enquanto ele existir o peso da arte nas costas vai permanecer,
nunca morrerá não se nasce, mas se aflora, se apaixona.
Oh, viajado meu querido curador que arte é essa?
O poeta medicinal difícil de comunicar, vida curta, o tempo mais ainda, principalmente pra mim. Onde está agora?
Esqueceu o bilhete na cama,
a dormência da exclusão é muito fria,
conceituando, um novo significado para o amor.