O mar tão distante marulha a soletrar as ondas
Onde põe seus olhos de noites distantes
Coisas que não imagino, só sei porque contas
Em seus versos cobertos de sóis e diamantes.
Tanto andei a buscar seu amor que enfim, o cansaço
Por mais que adornasse poesia, só marcha estradeira
Sol que me arranca da sombra do álamo, do rio, o regaço
E sob o sono nostálgico, o frio intenso da cordilheira.
É como não ter mais para onde correr
Feito um condenado que vê o sol do corredor da morte
Um sorriso lançado em lágrimas à própria sorte
E apenas dizer, eu te amo, sem ter mais o que fazer.