Quando correntes do vão da alma se desprendem...
A libertar todo o cenário acorrentado!
Se solto o pulso dum coração pelas torrentes
Decerto as bulhas nos pulsarão o aprendizado
Não pelos livros, donde a prisão se tem contido
Em vão capítulos a acorrentar qualquer passado!
Mas pela vida de reencontros nunca previstos
Quiçá também pelas calçadas... novos prefácios.
Por brancas páginas nunca transcritas de poesia
Donde o destino por vezes foge só do cansaço,
Tão de repente o verso grita sua alegria,
De ter podido só soletrar um novo espaço.
Qual lento rio de vida em leito assoreado,
A respirar na correnteza dum novo traço...