Para Todas as Mães
 
E de ternura te fizeste
Colo de mãe, acolhedor
Sempre aparando as dores dos teus filhos
Palavra, gesto de acalanto
Nas muitas línguas do amor
E de ternura te cobriste
Na lágrima, no desencanto
Nenhum rancor habita esse teu peito
Mesmo que chores em segredo
A dor que escorre do teu pranto
Mãe, retrato pleno de entrega
Jeito sublime de se dar...
Abraço feito para a volta
Sempre pronto a perdoar
É só renúncia teu olhar resignado
Na hora triste da partida
Que coração é capaz de suportar
A dor maior da despedida?
Mãe que sofre, mãe que sonha
Mãe que espera, nunca desiste
De todo amor do mundo
És, com certeza, o mais profundo
  Que existe...
Como explicar tamanha graça?
Não sei
Mas, sei bem como entendê-la
Depois que mãe eu me tornei...



Para o áudio:

http://www.recantodasletras.com.br/audios/poesias/65682