ESPELHOS EM BRANCO




Um homem de outro espaço
sequestrou-se em meu espelho.
Não me olho, não te vejo,
nós dois, assim sequestrados


que também em teu espelho
não me vês, já não te olhas.
Que escuras as nossas águas!
Ah, almas velhas, que velhas...


Velhas, homem de outro espaço
que em boda de prata calas
a dor de existir, teu passo.
Calam-se as falas perdidas


em ti, em mim, que deserto
tornou-se o sonho, pretérito
olhar que belezas via
onde não restou nenhuma.


Eu permaneço fiel
à vida da descendência
tua, a tua inocência
breve a nascer: Novo anel.


Negar a Dor, não o posso
não o posso, veramente.
Tal Dor em mim é um Fosso.
A honra restou, somente,


e a honra agora é tudo
onde havia todo o amor
que sequestraste. Teu ódio
por mim, ah, poço sem fundo!


A honra, que sempre houve,
só ela agora, só ela.
Nada além dela me sorve
só dela me sobrevivo.


Só dela me sobrevivem
os dias, paineira minha!
Só dela, honra, ainda,
na vida me sobrevive.




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Meu sempre muito  querido Tony Bahia - Que saudades, Tony - chega para funda alegria de repente, neste peito tão deserto de alegrias! Obrigada, amigo meu. Beijos de todas as cores da Zu.
 
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24/03/2015 11:18 - Tony Bahia
 
 
Na intensidade dos teus versos me perco
O espelho me olha
Não me vejo
Tudo embaraçado
Pelo calor da água no chuveiro.


Querida e amada Zu!... Estive ausente, devido a uma viagem... Morrendo de saudade, sacio a sede em teus belos versos em quadra, formando lindo Poema, beijo de todas as cores, bom dia, beijo na Mãezinha, tony.

 
 
Para o texto: ESPELHOS EM BRANCO (T5181275)
                             


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