Quando me perco me procuro em teus olhos
Às vezes, me acho num brilho ofuscado
Refletido num toque ou num afago
Ou num olhar atravessado e desconfiado
Sinto aquele carinho dos que amam
E o apego de quem não quer largar
A necessidade de constante proximidade
Aceitando que a distância é necessária
Guardo em mim cada carinho
Como fotografias bem vivas e reais
Fechando os olhos encontro a minha paz
Resumida nos seus abraços e nas suas histórias
Tenho gula por sua voz encorpada
Engordando meus ouvidos com risadas
Enchendo cada um dos meus instantes de vida
Com esse doce que o seu contato traz
Acho que somos partes de um mesmo porquê
Criando mundos que são só nossos
Sonhando com paraísos distantes
Encravados no vão dos nossos encontros.